Desenho de Vania Pierozan, da Cooperativa Rizoma, Porto Alegre.
Criado para o V Seminário Internacional de Agroecologia
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II Encontro de Articulação
Fluminense de Educação do Campo
Valorização das identidade(s) camponesas e a
conquista de direitos: educação, território, saúde e vida!
O II Fórum de Educação do
Campo tem como propósito reunir o acúmulo de experiências estratégicas das
comunidades camponesas e tradicionais com a finalidade de consolidar a educação
do campo realmente como realidade efetiva que atenda as necessidades dos
sujeitos diversos que vivem da terra, dos rios e das florestas. Antes
de iniciar a discussão, é necessário esclarecer que a denominação “educação do
campo” não se refere apenas aos que vivem no meio rural, mas também a todos os
sujeitos e sujeitas do campo, sejam eles camponeses, quilombolas e de
comunidades tradicionais. O fórum terá como tema Valorização de identidade e conquista de direitos: educação,
território e saúde. A identidade como sujeito para si (consciente) tem de ser reconhecida
como importante, e a educação só é completa quando outros direitos são
igualmente conquistados, como a terra e a saúde.
A educação do campo ou
educação diferenciada é aquela que é direcionada aos sujeitos mediante seu
contexto de vivência. É antagônica a concepção de educação hegemônica e urbana
da escola formal. A educação do campo é um direito do povo e um dever do
Estado. O processo histórico de resistência dos sujeitos é valorizado, isto é,
a luta de camponeses e comunidades tradicionais como povos faxinalenses, povos de
cultura cigana, povos indígenas, quilombolas, catadoras de mangaba, quebradeiras
de coco-de-babaçu, povos de terreiro, comunidades tradicionais pantaneiras,
pescadores, caiçaras, extrativistas, pomeranos, retireiros do araguaia e
comunidades de fundo de pasto. O acesso ao conhecimento e a garantia do direito
à escolarização de acordo com a realiade e no próprio território dos sujeitos é
a luta que o projeto de educação do campo almeja. Deste modo, a concepção de
educação do campo tem a finalidade também de apoiar a luta dos trabalhadores
e das trabalhadoras pela superação do sistema capitalista.
• O II Fórum de Educação do Campo terá como sede o Quilombo do Campinho da Independência - BR101, KM 584 - Paraty - RJ.
• Acontece nos dias 05 e 06 de Outubro de 2013
FIQUEM ATENTOS:
• Seu movimento ou comunidade poderá trazer seus produtos para exposição e venda.
• Para os que forem se alojar no camping e escola tragam barracas, cobertores/roupa de cama e colchonetes.
• O primeiro café (sábado de manhã) será um café partilhado. Tragam seus produtos.
Salete Caldart contribui,
A realidade que produz a Educação do Campo não
é nova, mas ela inaugura uma forma de fazer seu enfrentamento. Ao afirmar a
luta por políticas públicas que garantam aos trabalhadores do campo o direito à
educação, especialmente à escola, e a uma educação que seja no e do campo,4 os
movimentos sociais interrogam a sociedade brasileira: por que em nossa formação
social os camponeses não precisam ter acesso à escola e a propalada
universalização da educação básica não inclui os trabalhadores do campo? Uma
interrogação que remete à outra: por que em nosso país foi possível, afinal,
constituir diferentes mecanismos para impedir a universalização da educação escolar
básica, mesmo pensada dentro dos parâmetros das relações sociais capitalistas?(
CALDART, 2012, p. 261)
Referências:
CALDART, Roseli Salete (org.). Dicionário de educação do campo, 2012.
http://www.mma.gov.br/desenvolvimento-rural/terras-ind%C3%ADgenas,-povos-e-comunidades-tradicionais
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